Turim - Diário Gráfico
Durante os meses que vivi em Turim fiz alguns desenhos de partes de praças, estátuas, pessoas no meu diário gráfico.
Este foi na Piazza Carlo Alberto, perto da via Pó, que fiz enquanto estava à espera dos italianos para ir a um aperitivo, pessoas estas que mais tarde me puseram fora de casa como nos filmes.
Não resisto a meter aqui a imagem das minhas coisas que a italiana literalmente atirou para fora do prédio a seguir a eu dizer que não pagava 200 eur por duas semanas num quarto duplo. É claro que já tinha arrumado as coisas quando tirei a foto, neste momento estava a espera da Telma, da Patrícia e da Kasia (polaca), que me ajudaram a levar as coisas para a casa do Pedro, onde iria ficar na sala dele durante uma semana até arranjar quarto de novo.
Este já foi numa tarde em que a sala de gravura estava fechada na Accademia devido ao prof ter faltado. Para não perder tempo fui desenhar para a Piazza Carlo Emanuele II. Lembro-me que estava muito frio, não dava para ficar muito tempo a desenhar. Aliás, enquanto me diziam que no ano passado, em Outubro e Novembro, estava calor que até dava para ir à praia cá em Portugal, lá estava um friozinho dos Alpes que não nos deixava andar sem luvas.
Não posso deixar de falar do que mais gostei durante o meu eramus, os museus, a arquitectura e as exposições. Vi quase todos os museus de Turim e tudo o que estava no meu guia de museus de Milão. Vi exposições que nunca veria cá em Portugal e o que mais me cativou foram as gravuras e desenhos da Kathe Kolwitz, as pinturas do Francis Bacon e as xilogravuras de Dürer que consegui ver na Pinacoteca Ambrosiana, fiquei tempos e tempos a olhar! E tudo isto só em alguns dos sítios que fui em Milão.
Esta chave desenhei a partir de um foto que tirei no Palazzo Madama, na Piazza Castello de Turim, com umas chaves antigas muito bonitas. Ainda hei-de lá voltar para ver muitos mais museus e exposições.
Este desenho já foi na sala de Pintura do Professor Grillo, que realmente devia ser mais grilo que professor pois era triste o que se via por lá.
Este foi um colega da Sérvia que só queria treinar o desenho e pediu para me desenhar, eu assim também o desenhei. Coitado, já era licenciado e decidiu ir para Turim para tirar outra licenciatura e aprender mais. Mal foi quando descobriu que lá muito pouco se aprendia (só em gravura é que aprendia alguma coisa) e que, ainda por cima, por ser Sérvio não podia sair do país enquanto não tivesse o código fiscal que demorava cerca de 8 meses a vir. Durante uns meses estes erasmus foram os meus amigos de lá.
E mais outro desenho dos meus tempos de dona de casa de volta dos legumes (ecoline e tinta-da-china):
Este foi na Piazza Carlo Alberto, perto da via Pó, que fiz enquanto estava à espera dos italianos para ir a um aperitivo, pessoas estas que mais tarde me puseram fora de casa como nos filmes.
Não resisto a meter aqui a imagem das minhas coisas que a italiana literalmente atirou para fora do prédio a seguir a eu dizer que não pagava 200 eur por duas semanas num quarto duplo. É claro que já tinha arrumado as coisas quando tirei a foto, neste momento estava a espera da Telma, da Patrícia e da Kasia (polaca), que me ajudaram a levar as coisas para a casa do Pedro, onde iria ficar na sala dele durante uma semana até arranjar quarto de novo.
Este já foi numa tarde em que a sala de gravura estava fechada na Accademia devido ao prof ter faltado. Para não perder tempo fui desenhar para a Piazza Carlo Emanuele II. Lembro-me que estava muito frio, não dava para ficar muito tempo a desenhar. Aliás, enquanto me diziam que no ano passado, em Outubro e Novembro, estava calor que até dava para ir à praia cá em Portugal, lá estava um friozinho dos Alpes que não nos deixava andar sem luvas.
Não posso deixar de falar do que mais gostei durante o meu eramus, os museus, a arquitectura e as exposições. Vi quase todos os museus de Turim e tudo o que estava no meu guia de museus de Milão. Vi exposições que nunca veria cá em Portugal e o que mais me cativou foram as gravuras e desenhos da Kathe Kolwitz, as pinturas do Francis Bacon e as xilogravuras de Dürer que consegui ver na Pinacoteca Ambrosiana, fiquei tempos e tempos a olhar! E tudo isto só em alguns dos sítios que fui em Milão.
Esta chave desenhei a partir de um foto que tirei no Palazzo Madama, na Piazza Castello de Turim, com umas chaves antigas muito bonitas. Ainda hei-de lá voltar para ver muitos mais museus e exposições.
Este desenho já foi na sala de Pintura do Professor Grillo, que realmente devia ser mais grilo que professor pois era triste o que se via por lá.
Este foi um colega da Sérvia que só queria treinar o desenho e pediu para me desenhar, eu assim também o desenhei. Coitado, já era licenciado e decidiu ir para Turim para tirar outra licenciatura e aprender mais. Mal foi quando descobriu que lá muito pouco se aprendia (só em gravura é que aprendia alguma coisa) e que, ainda por cima, por ser Sérvio não podia sair do país enquanto não tivesse o código fiscal que demorava cerca de 8 meses a vir. Durante uns meses estes erasmus foram os meus amigos de lá.
E mais outro desenho dos meus tempos de dona de casa de volta dos legumes (ecoline e tinta-da-china):
Comments
Amanhã tens lá um prémio, se o quiseres aceitar, mas desde já te aviso que é uma chatice
risos
beijinho
mas vim, e mais uma vez fico fascinada com o teu traço.
Não sei porquê, ou talvez saiba, gostei particularmente dos estudos, na parte lateral da folha, que fizeste sobre a chave.
beijinho, Catarina
Tenho um problema pois consigo mais facilmente ser espontânea quando estou a desenhar no diário gráfico ou em qualquer outro meio em que não estou a pensar no trabalho final do que em outros trabalhos, isso é mau principalmente para quem precisa de muito trabalho para ser avaliada. Ao mesmo tempo faz com que não pense que estou a trabalhar para algo específico e perco-me a desenhar para o que gosto e faço esses estudos, esboços que gostas.
Obrigada,
Catarina