Painting III / Pintura III
Acrylic on canvas / Acrylico sobre tela
I always use images as a reference to my work. In this specific one I only used the one bellow.
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Uso sempre imagens de referência para o meu trabalho. Nesta usei a que está abaixo.
When I was a child I remember that I drew in expectation to feel an aesthetic feeling in the end. The first time it happened was when I painted the corridor wall with my crayons (I ran crazy to tell my parents but they didn't even look at the drawing, they just yelled at me).
I'm painting/drawing now in expectation of that aesthetic pleasure. I never know if what I do is good or not; art or not; but if I feel that pleasure, I know that at least it means something to me, may it be art or not (however I try to educate myself a lot about art in expectation to get this feeling improved to some sort of "good taste", but I'll never know - so I just follow my instinct).
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Quando era criança desenhava à espera de sentir o momento do prazer final, quando chega àquela altura que se olha para o que fizemos e gostamos simplesmente de olhar...
Faço estas coisas agora à espera dessa sensação de prazer que acontece no final. Nunca sei se é bom ou não, se é arte ou não, mas se sentir esse prazer, ao menos sei que significa algo para mim; seja isso arte ou não (no entanto, tento educar-me o máximo possível sobre arte para ter este sentimento mais sensível a algo considerado bom, mas nunca vou saber - por isso vou pelo instinto).
Comments
Pode ser incapacitante artísticamente essa busca de aprovação. Julgo saber do que falo.
Por outro lado como acto de humildade permite a descoberta de experiências novas.
A criação artística deve porém libertar-se dessa necessidade interna de afago, basta já a aprovação técnica no sentido oficinal de algum trabalho que foi encomendado ou está para vender.
O consolo final de que falas é bom mas não dura muito como julgo que sabes, nem era bom que durásse.
Melhor é tempo depois perguntar "Mas quem fez isto?
A "humildade" é estar disponível para recomeçar; olhar de novo e reformular a questão; reafirmar a comunicação.
Mas é necessário saber quem é o interlocutor e até se é necessário que ele exista.
Presentemente na minha prática gosto de me inspirar nessa atitude desprendida que as mulheres indianas têm ao executarem o Rangoli.